Antes que perguntem, entrem em dúvidas ou preocupem-se: transtornado adjetivo 1. que teve a ordem ou a colocação alterada. 2.mal organizado.
Pois é, quem diria, não é mesmo? Após tanto tempo, mas muito tempo mesmo, eu voltaria aqui na ´´caverna do pensamento`` onde eu me conheci e viria para escrever que estou transtornado comigo mesmo e com a sequência que a vida toma? (Ou, no caso, onde cheguei pelas escolhas que tomei).
Quando fazemos 18 anos, imagino eu que isso seja um regra geral (ou quase), mas a vida é um ´´mar de rosas`` recém abertas com seu melhor perfume e cor. Não existem preocupações, as dívidas ainda não são suas, o futuro ´´apenas`` está começando, a vida ´´começou`` tão somente agora. Ah a inocência dos 18...
Queremos ´´maioridade``, Queremos ´´nosso dinheiro``, Nossa ´´independência``... Queremos mas não podemos (ou não devemos). Quem diabos conhecer ou vai lidar com o mundo e suas mazelas com miseráveis 18 anos?! NINGUÉM. No máximo, um caso ou outro, que é uma exceção e uma história de vida.
Mas voltando pra mim, cá entre você e eu, querido leitor, que caralho eu fiz para chegar onde cheguei? É ai que eu me entrego, eu não fiz! Eu não segui meu coração, não fui contra as vontades, não soube dizer: Eu não quero esse curso! Eu quero curso X! E cá estou, frustrado, transtornado e oscilando entre 1 profissão natural (benção senhor) de comerciante e 1 benção adquirida (auxiliar em redes sociais). E olha, que isso, que vida!
Eu não estou reclamando da vida, querido leitor, estou reclamando de onde ainda não cheguei com 25 anos de idade. Não tenho um patamar ou uma meta que eu já esteja colocando em prática, e honestamente, tampouco sei como frear tudo e começar do 0. E sim, caros, eu sei que isso se chama MEDO!
Queria sim poder ter um namoro, um aluguel ou uma casa própria, um corpo diferente, um rendimento particular muito maior... mas, não tenho! Vou me matar por isso? Não (talvez, quem saiba)! Mas é frustrante e agoniante pensar que eu conheço gente que além de estarem casados, estão, organizando o 1º filho! Cê é louco cachoeira?
Pois é, e é isso, eu retornei. Não daquele jeito que eu sempre vinha aqui, iludido e carinhoso, mas real e desgastado (como muita gente). Me aguardem, quando o cansaço e o calor não são enorme, eu me sento na mesa, abro a janela, coloco os fones e os dedos movem-se sozinhos...
